Áreas de Atuação

Patologias Cerebrais

São diversos os problemas de saúde que podem atingir o cérebro. Como estamos falando de um órgão que coordena todas as outras funções do corpo, ele merece a nossa atenção.

Patologias

Áreas de Atuação dentro de Patologias Cerebrais

  • Tumores (malignos e benignos)

    Os tumores podem se desenvolver, de forma maligna (câncer) ou benigna, tanto no cérebro quanto em outra parte do corpo.


    Os sinais e sintomas mais comuns encontrados são:

    • Dor de cabeça;
    • Alteração na fala;
    • Alteração na visão;
    • Sensação de dormência ou formigamento em um ou alguns dos membros do corpo;
    • Perda de força muscular;
    • Alteração do comportamento;
    • Náuseas;
    • Vômitos;
    • Alteração na coordenação motora;
    • Dificuldade para ficar de pé.

    É claro que esses sinais e sintomas tendem a variar de pessoa para pessoa, além disso, é preciso levar em consideração a localização do tumor, seu tipo e tamanho.


    O tratamento a ser escolhido vai também depender desses dois fatores. Os mais utilizados na medicina incluem:

    • Cirurgia;
    • Radiocirurgia;
    • Técnicas de estereotaxia para biópsia.

    O especialista pode também decidir pela combinação de técnicas como cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Além disso, são usados medicamentos cuja função é a redução da pressão intracraniana.

  • Tumor de Hipófise (funcionantes e não funcionantes)

    A Hipófise é considerada a principal glândula do corpo, ficando localizada na base do crânio. Tem como função coordenar a funcionalidade de outras glândulas, como a adrenal e a tireoide. 


    Também é a responsável pela produção de hormônios importantes, como o GH e a prolactina.

    Sendo assim, fica fácil entender que um tumor nessa parte do corpo consegue causar diversos problemas para a saúde. A boa notícia é que quase todos os casos de tumor na hipófise são benignos.


    Há também uma classificação simples:

    • Tumor funcionante: é aquele que acelera a produção hormonal;
    • Tumor não-funcionante: não produz hormônios em excesso.

    Normalmente, os pacientes com um tumor na hipófise não apresentam sinal ou sintoma. Assim, esses descobrem a condição ao acaso por meio de exames para outras patologias - já que os tumores não produzem hormônios ou são pequenos. Entretanto, pela localização da hipófise - próxima ao nervo da visão - tumores volumosos podem levar a perda de campo visual, com sensação de "estreitamento da visão"”, sensação de visão embaçada, visão dupla (Diplopia), cefaléia, sensação de tonturas e desmaios. 


    Os tumores funcionantes, por sua vez, produzem hormônios em excesso, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças específicas, como a Acromegalia (produção excessiva de GH), Doença de Cushing (produção excessiva de Cortisol), hiperprolactinemia (produção excessiva de prolactina). 


    O tratamento e seguimento deve ser em conjunto, do neurocirurgião com o endocrinologista especialista em hipófise (neuroendócrino). Em alguns tipos de tumor, há a possibilidade de iniciar a terapia medicamentosa. A intervenção cirúrgica para a remoção desse acontece em casos com falha na normalização dos níveis hormonais, mesmo com o tratamento clínico, bem como em situações mais graves com perda visual.

  • Aneurisma Cerebral

    O Aneurisma é a dilatação de algum vaso do cérebro, levando à formação de um tipo de bolsa com parede fina, a qual pode se romper, levando à hemorragia cerebral.


    É um problema de saúde curável, mas faz-se necessária a avaliação com o médico especialista para iniciar ou não o tratamento. A indicação cirúrgica deve levar em consideração as características próprias do aneurisma e a situação clínica do paciente, pois o risco da intervenção deve ser inferior ao proporcionado pela história evolutiva natural da doença.


    A hemorragia cerebral decorrente de sua ruptura ganha o nome de "hemorragia subaracnóidea" e consiste em uma doença grave, que pode levar a complicações imediatas (agudas), sub-agudas e tardias. Nessa condição há a necessidade de tratamento imediato do aneurisma. Os principais sinais e sintomas dessa condição são:

    • Perda da visão ou visão dupla;
    • Pescoço rígido;
    • Perda de consciência;
    • Náuseas e vômitos;
    • Convulsões;
    • Fotofobia;
    • Confusão mental.

    O tratamento pode ser baseado em dois tipos de técnicas, ambas invasivas. Uma delas consiste em, por meio de cirurgia, ocluir o aneurisma da circulação através de um "clipe" para evitar o enchimento de sangue e o seu rompimento.


    Há também a manobra "endovascular", a qual relaciona-se à inserção de um pequeno cateter na artéria com o aneurisma e, com dispositivos (embolização, diversor de fluxo), ocluir o aneurisma da circulação para impedir a ruptura.


    A escolha da técnica envolve as características do aneurisma, como localização, formato e tamanho, bem como as condições clínicas do paciente. Além disso, essa é feita de forma individualizada junto ao neurocirurgião.

  • Hemorragia/Hematoma Subdural crônico

    Apesar de ser um problema crônico e progressivo, o Hematoma Subdural Crônico (HSC) é considerado benigno. Porém, ele pode aumentar a pressão intracraniana e pressionar áreas do cérebro, afetando diversas funcionalidades do corpo humano e causando sintomas diversos.


    Os principais sinais e sintomas são:

    • Dor de cabeça;
    • Confusão mental;
    • Dificuldade com a memória;
    • Problemas para falar;
    • Crises convulsivas;
    • Sonolência;
    • Paralisias.

    Normalmente, o tratamento é cirúrgico e existem diversas técnicas. No caso de hematomas subdurais pequenos, principalmente sem a presença de sintomas, é indicada a observação clínica e seguimento com imagens. 


    Já as opções cirúrgicas devem ser analisadas de acordo com o caso, sendo elas: trepanações ou trepanação única, craniotomia, uso ou não de dreno subdural.


  • Hidrocefalia

    A hidrocefalia ocorre quando há um acúmulo de líquido cefalorraquidiano (líquor) em espaços dentro do cérebro - os ventrículos cerebrais.


    Apesar de ser mais comum em bebês e adultos com mais de 60 anos, a condição pode acometer qualquer idade. Nos adultos e idosos, a maioria das ocorrências associa-se à incapacidade do cérebro de reabsorver adequadamente o líquor.


    Podemos citar os seguintes sinais e sintomas para a condição:

    • Deficiência progressiva da memória;
    • Instabilidade ao caminhar;
    • Dificuldade para controlar a urina.

    Em casos de progressão leve e lenta, podem ser introduzidos medicamentos para redução da produção de líquidos, com o intuito de manter a pressão intracraniana em um nível adequado.


    Já os casos cirúrgicos, que são a maioria, consistem em aliviar a pressão intracraniana, desviando o excesso de líquor contido no ventrículo cerebral para a cavidade abdominal.  

Perguntas Frequentes sobre Patologias Cerebrais

  • Fiz uma Ressonância magnética do crânio por estar sentindo dores de cabeça, e no laudo constava um meningioma. Eu preciso operar?

    Meningiomas são tumores benignos e, para indicar a cirurgia, levamos em conta alguns fatores, como a idade do paciente, a presença (ou não) de sintomas que possam ser causados por ele, as dimensões do tumor (tamanho), dentre outros. A avaliação do neurocirurgião é necessária para definir o tratamento adequado, os quais envolvem o ”seguimento" (repetir exames de imagem periodicamente e observar se há crescimento do tumor), cirurgia, tratamento com radioterapia, dentre outros.


  • Fui diagnosticado com um cisto aracnóide. Preciso operar?

    A maioria dos cistos aracnoides não causam sintomas e frequentemente são descobertos durante a investigação de outras condições por exames (Ressonância magnética ou Tomografia do crânio). Alguns casos mais raros, em que o cisto apresenta grande volume, pode gerar um efeito compressivo sobre as estruturas cerebrais, atrapalhando as vias de drenagem liquórica. Outras ocorrências, quando há crescimento significativo, podem resultar em cirurgias. Uma avaliação e acompanhamento com o neurocirurgião faz-se necessária para o melhor cuidado.

  • Como saber se eu tenho um aneurisma cerebral?

    O aneurisma desenvolve-se, na maioria das vezes, de forma silenciosa, sem causar sintomas. Algumas exceções ocorrem quando eles são muito volumosos e apertam alguns nervos cranianos, levando o paciente a apresentar sintomas (como visão dupla, turvação ou perda da visão). Dessa forma, a maioria das pessoas com um aneurisma cerebral (que nunca tenha sido "rompido") o descobrem ao acaso durante a investigação de outras condições médicas (como ao realizar uma Ressonância do crânio por ter dor de cabeça). Do mesmo modo, muitos dos aneurismas não precisam ser tratados. Com isso, levamos em conta para o tratamento fatores como: as características próprias do aneurisma (formato, tamanho, presença de outros aneurismas) e a situação clínica do paciente (doenças, idade, história familiar). Vale ressaltar que o risco cirúrgico deve ser inferior ao proporcionado pela história evolutiva natural da doença (do rompimento do aneurisma). Alguns pacientes com história familiar de aneurisma (2 ou mais parentes de primeiro grau), sobretudo se eles "romperam", devem realizar acompanhamento e investigação, bem como aqueles que apresentam doenças  com predisposição à formação de aneurismas cerebrais, tais como a síndrome dos Rins Policísticos, síndrome de Marfan, síndrome de Ehler Danlos e outras doenças do colágeno (com possíveis alterações nos vasos cerebrais). Os exames mais utilizados para investigar aneurismas cerebrais são: Angiografia digital, Angiotomografia arterial e Angio-Ressonância - sendo os dois últimos menos invasivos.

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Sobre o

Dr. Matheus Yamaki


Neurocirurgia e Coluna

CRM-SP: 176.023 | RQE: 94.955


O Dr. Matheus é graduado em Medicina pela USP e fez residência médica em Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). 


Atualmente é médico Preceptor do programa de residência médica de Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da FMUSP e atua nas atividades do grupo de Coluna e Hipófise do HCFMUSP.

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