Você conhece os tipos de cirurgia de coluna cervical?
Quando um paciente é diagnosticado com alguma patologia nessa região, o procedimento cirúrgico é um dos diversos tratamentos que podem ser solicitados pelo especialista. No entanto, engana-se quem acredita que só existe um tipo de operação nessa área.
Na verdade, a medicina desenvolveu diversas formas de tratar diferentes condições na mesma região, cada uma com suas particularidades.
Pensando nisso, separamos este artigo para te mostrar as características dos tipos mais populares de cirurgia de coluna cervical.
Siga a leitura!
Antes de seguirmos para os diferentes tipos de procedimentos operacionais na coluna cervical, precisamos entender a diferença entre os tratamentos minimamente invasivos e cirurgias abertas.
Em poucas palavras, uma intervenção considerada minimamente invasiva é aquela que não exige grandes incisões para ser realizada. Normalmente, são feitas com cortes milimétricos e manuseio de pequenos instrumentos.
Entretanto, há casos em que a doença apresentada pelo paciente requer um procedimento maior, frequentemente em mais de um lugar na coluna, e por vezes o cirurgião necessita realizar procedimentos maiores, e mais invasivos.
Em ambos os casos, o especialista DEVE explicar ao paciente a indicação (a necessidade) da realização da cirurgia, bem como os riscos envolvidos em realizar o procedimento, os riscos de não realizar (que tem fundamental importância), e o que o paciente pode sentir quando é submetido a cirurgia nos primeiros dias.
A decisão de realizar uma cirurgia de coluna cervical é significativa e geralmente considerada após outras terapias clínicas (físicas e medicamentosas) não terem conseguido aliviar os sintomas incapacitantes. Conheça as circunstâncias e condições específicas que podem exigir intervenção cirúrgica na coluna cervical:
A cirurgia de coluna cervical pode ser necessária quando os sintomas causados por condições subjacentes são severos e persistentes, impactando significativamente a qualidade de vida do paciente. Esses sintomas incluem, mas não se limitam a, dor crônica no pescoço, irradiação da dor para os braços, e quando mais severos: fraqueza muscular, problemas de coordenação e formigamento ou dormência nas extremidades.
Antes de considerar a cirurgia, os tratamentos conservadores como fisioterapia, medicamentos para dor e inflamação, e modificações no estilo de vida são geralmente tentados. A cirurgia torna-se uma opção quando esses métodos não proporcionam alívio suficiente após um período adequado, geralmente de meses, ou quando os sintomas pioram progressivamente.
Várias condições da coluna cervical podem exigir intervenção cirúrgica, incluindo:
Hérnia de disco cervical: Quando o disco danificado comprime as raízes nervosas ou a medula espinhal, causando sintomas significativos.
Mielopatia cervical: Degeneração e compressão da medula espinhal que pode levar a sintomas neurológicos severos e deterioração funcional.
Instabilidade vertebral: Quando há movimento anormal entre as vértebras que compromete a integridade da coluna e afeta as funções neurológicas.
A cirurgia também pode ser indicada se houver evidência de progressão de sintomas neurológicos, como aumento da fraqueza nos membros, perda de função motora ou alterações na função da bexiga ou intestino, indicando possível dano nervoso permanente se não tratado prontamente.
Antes de se optar pela cirurgia, é crucial realizar uma avaliação detalhada, incluindo exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia computadorizada, para obter uma visão clara da anatomia da coluna cervical e das estruturas afetadas. Apenas após uma análise minuciosa e a confirmação de que os benefícios da cirurgia superam os riscos potenciais, o procedimento pode ser recomendado.
Agora que compreendemos as diferenças entre os dois métodos, podemos avançar e explorar os tipos de cirurgia de coluna cervical mais comuns. Confira!
Também conhecida como ACDF, essa é uma técnica realizada na parte anterior da coluna cervical (o pescoço).
O procedimento consiste em uma pequena incisão no pescoço com o objetivo de chegar na parte anterior da coluna para assim, retirar espículas ósseas e o disco intervertebral, quando estas estruturas estão realizando pressão sobre a medula espinhal ou suas raízes.
Por isso, a doença que costuma exigir essa operação é a hérnia de disco com compressão medular ou radicular, visto que a técnica irá remover a estrutura responsável pela compressão dos nervos.
No lugar dos discos, o cirurgião pode optar pelo cage, enxerto ósseo, placas ou parafusos, dependendo do caso.
A prótese de disco cervical compartilha muitas semelhanças clínicas com a ACDF, incluindo as indicações para pacientes com hérnia de disco (com certa preferência quando há o comprometimento das raízes, sem grande comprometimento da medula). Nesse caso, o foco central da técnica é trocar o disco por uma prótese artificial que permita mobilidade.
Além de ser eficaz para o tratamento desse tipo de condição, a prótese de disco cervical também mostra resultados positivos contra afecções degenerativas cervicais leves.
No entanto, ressaltamos que esse procedimento é contraindicado para pessoas com quadros avançados de artrose, ou doenças reumatológicas (espondilite anquilosante) ou causas de instabilidade na coluna (como em decorrência de traumatismo, por exemplo).
Já a foraminotomia cervical posterior é feita também no pescoço, através de imagens obtidas por um microscópio ou por vídeo-endoscópio. Normalmente, é recomendada em quadros de compressão de raiz nervosa cervical sem compressão da medula espinhal.
O principal foco dessa cirurgia é alargar o forame neural, realizando assim a desobstrução do nervo atingido, e quando necessário, remoção do fragmento de disco no forame, quando existente.
Diferente das outras alternativas citadas, essa operação pode ser feita de maneira minimamente invasiva, sem a necessidade de grandes cortes ou implantes metálicos, por exemplo.
Essa é uma técnica viável quando surge a necessidade de retirar uma grande porção da vértebra cervical, como quadros de compressão medular extensa ligada a deformidades cifóticas (com perda da curvatura normal da coluna cervical), tumores ou traumas.
Esse método substitui o corpo vertebral por um cage metálico preparado para essa função, normalmente preenchido por enxerto ósseo. Por fim, esse sistema é concluído com a aplicação de placas e parafusos.
A laminoplastia é pensada para descomprimir o canal vertebral cervical estreito. Os primeiros registros dessa técnica, bem como aprimoramentos, vieram de estudos e trabalhos científicos de cirurgiões japoneses, visto que o número de quadros de estreitamento em decorrência de doenças com ossificação do ligamento longitudinal posterior (que leva a estreitamento do canal vertebral) é maior na população asiática.
Ela é feita por via posterior, contando como grande benefício não precisar de artrodese (fusão) durante o processo. Ela é realizada da seguinte maneira: o médico faz uma abertura parcial da lâmina (que é a estrutura mais posterior da vértebra), o que gera o conserto do calibre do canal vertebral e, consequentemente, alivia a compressão medular.
Por último, mas não menos importante, temos a laminectomia e fusão. Em alguns quadros, somente a descompressão medular cervical não é o suficiente para solucionar o problema. Nesse cenário, surge a necessidade de uma estabilização mecânica com o auxílio de artrodese.
Nessa técnica, parafusos ósseos são inseridos nas massas laterais (estruturas ósseas menores localizadas lateralmente ao canal medular). Após essa etapa, eles se conectam por meio de hastes longitudinais metálicas. Por fim, o enxerto ósseo é adicionado, desempenhando a função de agregar futuramente uma ponte óssea entre as vértebras tratadas.
O processo pós-operatório de qualquer tipo de cirurgia de coluna cervical vai depender diretamente de diversos fatores, como:
Falando de maneira mais ampla, as duas primeiras semanas depois da cirurgia pedem
repouso total. Assim, o paciente deverá pausar principalmente atividades muito repetitivas ou que exijam força física.
Nas cirurgias minimamente invasivas, em semanas o paciente normalmente já está liberado a voltar para suas atividades, como exercícios ou trabalho com esforço físico. Já nas técnicas que realizam consolidação óssea, o ideal é aguardar de 4 a 6 meses para retomar atividades mais intensas, mas está liberado também para retornar ao trabalho sem esforço físico após 2 meses.
O mais importante, no entanto, é o fato de que todo o pós-operatório deve ser devidamente observado por um profissional. Supervisão especializada, acompanhamento periódico com o cirurgião e fisioterapia são etapas primordiais para uma recuperação segura.
Como qualquer procedimento cirúrgico, especialmente aqueles que envolvem estruturas vitais como a medula espinhal e os nervos, existem potenciais complicações que os pacientes devem considerar. Compreender esses riscos é importante para tomar uma decisão informada sobre a realização da cirurgia. Sendo os principais riscos:
O risco de danos aos nervos ou à medula espinhal é talvez o mais grave associado à cirurgia de coluna cervical. Embora raro, esse dano pode resultar em perda de sensação, paralisia, problemas de coordenação, ou outras disfunções neurológicas permanentes.
Como em qualquer procedimento cirúrgico, há um risco de infecção no local da cirurgia. Uma infecção pode ser superficial, envolvendo apenas a pele, ou mais grave, como uma infecção profunda que afeta os tecidos moles ou os ossos ao redor da coluna.
Um certo grau de sangramento é esperado em qualquer cirurgia, mas em casos raros, o sangramento pode ser significativo e requerer transfusões de sangue ou outras intervenções para controlá-lo.
A cirurgia de coluna cervical frequentemente envolve o uso de implantes, como placas, parafusos, e enxertos ósseos. Há riscos de que esses implantes não se integrem corretamente, a depender consideravelmente da condição óssea do paciente (como osteoporose).
Reações adversas à anestesia são possíveis durante qualquer cirurgia. Essas reações podem variar de náuseas e vômitos a complicações mais sérias como reações alérgicas ou problemas cardíacos.
A formação de tecido cicatricial é uma resposta natural do corpo à cirurgia. No entanto, a cicatrização excessiva pode levar à rigidez e limitação do movimento, especialmente significativa na coluna cervical.
Algumas vezes, os resultados da cirurgia podem não atender às expectativas do paciente ou do médico, podendo requerer procedimentos adicionais para corrigir ou melhorar os resultados iniciais.
A longo prazo, pacientes submetidos à cirurgia de coluna cervical podem experimentar problemas como degeneração dos discos adjacentes, conhecida como doença do segmento adjacente, que pode exigir tratamento futuro.
Quais os riscos de operar a coluna cervical?
Os riscos de operar a coluna cervical incluem infecção, sangramento, danos aos nervos ou medula espinhal, problemas com anestesia, falha dos implantes ou enxertos, e potenciais complicações a longo prazo como rigidez ou dor crônica.
Qual o tempo de recuperação de uma cirurgia da coluna cervical?
O tempo de recuperação após uma cirurgia da coluna cervical geralmente varia de várias semanas a vários meses, dependendo do tipo específico de cirurgia realizada, da saúde geral do paciente e da extensão da reabilitação necessária.
Quando é necessário fazer cirurgia na coluna cervical?
A cirurgia na coluna cervical é necessária quando há sintomas severos e persistentes que não respondem a tratamentos conservadores, como dor intensa, fraqueza, perda de função neurológica, ou quando há evidências de compressão significativa da medula espinhal ou nervos.
Como é feita a cirurgia na cervical?
A cirurgia na cervical pode ser realizada através de várias técnicas, dependendo da condição a ser tratada; comumente inclui abordagens como discectomia (remoção de um disco danificado), laminectomia (remoção de parte de uma vértebra para aliviar a pressão) e fusão cervical (união de duas ou mais vértebras para estabilizar a coluna), frequentemente usando assistência de imagem para precisão.
A cirurgia de coluna cervical é permanente?
Enquanto muitas cirurgias de coluna cervical têm como objetivo fornecer alívio permanente, alguns pacientes podem experimentar recorrência de sintomas ao longo do tempo, especialmente devido à degeneração de outras partes da coluna.
Como devo me preparar para uma cirurgia de coluna cervical?
A preparação inclui realizar exames pré-operatórios, discutir todos os medicamentos e condições de saúde com seu médico, parar de fumar, se for o caso, e organizar ajuda e cuidados para o período de recuperação após a cirurgia.
Como sei se a cirurgia de coluna cervical foi bem-sucedida?
O sucesso da cirurgia é geralmente avaliado pela redução dos sintomas originais, como dor e fraqueza, além da melhoria na qualidade de vida. Avaliações regulares e acompanhamento com seu médico ajudarão a determinar o sucesso a longo prazo do procedimento.
Como saber se a cirurgia de coluna cervical é a melhor opção para o meu caso?
Para determinar se a cirurgia de coluna cervical é a melhor opção, é necessário avaliar a gravidade dos sintomas, a resposta a tratamentos conservadores, os resultados dos exames de imagem e discutir com um cirurgião especializado em coluna as possíveis melhorias e riscos associados ao procedimento.
Qual tipo de anestesia é utilizada na cirurgia de coluna cervical?
A cirurgia de coluna cervical geralmente requer anestesia geral para garantir que o paciente esteja completamente inconsciente e imóvel durante o procedimento, minimizando o risco de movimento e garantindo a segurança do paciente e da equipe cirúrgica.
Quanto tempo dura o procedimento?
A duração da cirurgia de coluna cervical pode variar amplamente, de uma a várias horas, dependendo da complexidade do procedimento e se múltiplas vértebras estão envolvidas.
Como a cirurgia de coluna cervical pode afetar minha mobilidade e capacidade de realizar atividades diárias a longo prazo?
A cirurgia de coluna cervical pode inicialmente limitar a mobilidade, especialmente durante o período de recuperação, mas muitos pacientes experimentam uma melhoria significativa na função e redução da dor após a recuperação. A longo prazo, a cirurgia pode ajudar a restaurar a mobilidade normal e melhorar a qualidade de vida, embora o resultado específico possa variar de acordo com a condição tratada e a extensão da cirurgia.
Como vimos acima, independente do tipo de cirurgia de coluna cervical realizada, você deve procurar um especialista em neurocirurgia para tirar suas dúvidas e te guiar da melhor maneira possível.
Nesse contexto, o Dr. Matheus Yamaki surge como uma opção ideal para o tratamento da doença.
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP, o Dr. Matheus Yamaki busca atender seus pacientes de forma atenciosa e humanizada, promovendo todos os recursos para o melhor tratamento possível.
Clique aqui e agende sua consulta. E não se esqueça de continuar acompanhando a nossa
central educativa.
Obrigado pela mensagem!
Entraremos em contato em breve.
Ops, parece que houve um erro.
Tente novamente mais tarde!
Clínicas Odo
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4540
Jd. Paulista, São Paulo - SP
WhatsApp: (11) 98577-8358
Responsável Técnico: Matheus Louzada Yamaki • CRM-SP: 176023
Desenvolvido por Future Marketing Médico.